quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Brasileiros desenvolvem jogo virtual que treina para o 'Enem americano'

No jogo 'Estudar nos EUA', disponível no Facebook, estudantes podem praticar trechos do SAT e comparar seus resultados com o de amigos (Foto: Reprodução)

Um grupo de quatro estudantes brasileiros criou o "Estudar nos EUA", um jogo virtual que ajuda os candidatos a vagas em universidades americanas a estudarem para o SAT, prova semelhante ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) realizada nos Estados Unidos como parte do processo seletivo para o ensino superior. De acordo com Anderson Ferminiano, um
dos criadores do jogo, mais de mil pessoas já instalaram as versões do aplicativo para o Facebook e para o iPhone e o iPad desde que elas foram lançadas, na segunda semana de agosto.
O jogo é a segunda fase do projeto dos estudantes, que também disputam vagas em instituições do exterior. Em abril, eles lançaram um site com dicas sobre como se inscrever nos processos seletivos e pleitear bolsas de estudos. Um dos programadores dos aplicativos, Anderson, de 18 anos, atualmente mora em São Francisco, nos Estados Unidos, onde estuda inglês. Ele pretende fazer o curso de graduação na Universidade Stanford, na Califórnia, e afirma que o projeto pretende oferecer aos estudantes brasileiros maior acesso a informações e ferramentas que os auxiliem a conseguir uma vaga nas universidades americanas.
Também fazem parte do grupo Henrique Dubugras (16), que está em Berlim para aprimorar seu alemão e também quer estudar em Stanford, Gustavo Haddad Braga (17), aceito nas universidades Harvard, Stanford, Yale e Princeton, mas que decidiu estudar no Massachussetts Institute of Technology (MIT), onde também for aprovado, e Vinícius Cruz (17), músico e tenista que foi aprovado em diversas universidades americanas com bolsa de atleta. Vinicíus optou por estudar engenharia em Pittsburgh.
Eles afirmam que identificaram que a falta de informação é o principal obstáculo dos brasileiros para estudar fora e, então, decidiram oferecer uma solução simples e barata para o problema.
De acordo com Anderson, o grupo usou US$ 250 (pouco mais de R$ 500) do próprio dinheiro para desenvolver os aplicativos, que são gratuitos tanto no Facebook quanto nos sistemas operacionais da Apple. Na Apple Store brasileira, onde o programa pode ser adquirido gratuitamente, o aplicativo era um dos 80 mais populares de educação na tarde da segunda-feira (20). Mas, na data de lançamento oficial, em 10 de agosto, ele chegou ao top 5 da categoria.
O jogo do Facebook se chama PalavraSAT e consiste em questões de múltipla escolha nas quais o usuário deve acertar o significado de uma palavra em inglês. É possível treinar antes de iniciar o teste, e a cada conjunto de questões acertadas o usuário passa para um nível mais difícil.
Já o aplicativo do iPhone traz duas opções: questões diárias para os candidatos sobre várias matérias, como matemática e leitura crítica, ou tentar adivinhar o significado de uma palavra por dia. Além de saber se acertou ou não a questão, o usuário pode ver quanto tempo levou para respondê-la e ler, em português, a explicação da resposta. Anderson afirma que os programas foram desenvolvidos para que eles mesmos estudassem para o exame e, depois, foram adaptados para uso público. Desde que iniciaram o projeto, os jovens já profissionalizaram a iniciativa e conseguiram apoio financeiro de entidades não-governamentais do Brasil.
Ana Carolina MorenoDo G1, em São Paulo



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