quarta-feira, 27 de março de 2013

Cientistas confirmam primeiro tubarão-touro de duas cabeças

Pescadores encontraram animal com cabeças e órgãos independentes, mas com apenas uma cauda (Foto: Shark Defense/Florida Keys Community College)

Um tubarão-touro (ou tubarão-cabeça-chata) de duas cabeças, encontrado no Golfo do México, foi confirmado como o primeiro desse tipo na espécie, de acordo com cientistas de duas instituições de ensino dos estados da Flórida e do Michigan..
O peixe foi encontrado por pescadores locais, e possui  dois corações, dois estômagos e termina em uma única cauda. “Certamente é um fenômeno interessante e raramente
detectado”, disse Michael Wagner, professor assistente da Universidade Estadual do Michigan. 
O animal não foi encontrado vivo, todavia, ele agora será documentado e estudado por especialistas do colégio técnico de Flórida Keys e da instituição de ensino do Michigan. “Temos que descobrir mais sobre isso e concluir a respeito do que teria causado essa condição”, concluiu o docente.
Michael Wagner, um cientista da MSU e co-autor do estudo recém-publicado, detalhou em sua análise que o exemplar tinha uma bifurcação axial, uma deformidade do embrião que começou a se separar em dois organismos, mas não chegou a completar o processo.
"A metade do processo de formação de gêmeos deteve a divisão do embrião", explica Wagner, que considera que o animal - que morreu em seguida - tinha "poucas ou nenhuma possibilidades" de sobreviver por muito tempo.
Os predadores necessitam realizar movimentos muito rápidos para caçar outros peixes, algo que este exemplar nunca poderia ter feito, apontou o responsável pela investigação do primeiro caso de bicefalia conhecido em tubarões touro.
Este fenômeno, por sua vez, já foi observado em outras espécies de tubarões, detalhou o estudo, que também foi elaborado em colaboração com a escola comunitária da região de Florida Keys.
"Este é sem dúvida um desses fenômenos interessantes e raros de detectar", afirmou Wagner, que completou: "É bom que tenhamos documentada esta parte da história natural do mundo, mas sem dúvida teríamos que ter o encontrado antes para poder tirar mais conclusões sobre a causa".
Raio-X mostra que espinha que começa em cada cabeça do animal converge em apenas uma, chegando até a cauda (Foto: Michael Wagner/MSU)
Do G1, em São Paulo* *Com agência Efe

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