sexta-feira, 8 de março de 2013

Justiça afasta prefeita de Trairi


Depois de um 2012 repleto de denúncias, o ambiente político no município de Trairi voltou a ficar conturbado nesta semana, com a decisão judicial que manda afastar a prefeita Regina Nara Batista (PSDB), o vice-prefeito José Ademar Barroso (PSL) e os vereadores Henrique Mauro Filho (PSD) e Carlos Gustavo Monteiro (DEM). Eles foram condenados por compra de voto na eleição do ano passado. Por
causa disso, o comando do Executivo passará as mãos do segundo colocado no pleito e adversário político da tucana, Francisco José Ferreira Noronha (PMDB). O detalhe é que o peemedebista também responde a processo por compra de voto, também no pleito do ano passado. Caso a ação, apresentada pelo Ministério Público, seja julgada procedente pela Justiça, Trairi poderá ter de passar por nova eleição.

A decisão pelo afastamento da prefeita Regina Nara, oficializada no último dia 6, é do juiz eleitoral Fernando Teles de Paula Lima. A gestora tucana e os demais envolvidos na ação haviam recorrido ao Tribunal Regional Eleitoral, mas tiveram o pedido negado pelo juiz João Luis Nogueira Matias. De acordo com o magistrado, “há provas robustas” (documentos, depoimentos e escutas telefônicas) de que houve compra de voto. Apesar de serem obrigados a deixarem os cargos, os acusados ainda podem recorrer.

O POVO tentou conversar com Regina Nara através do número de telefone celular informado na sede estadual do PSDB em Fortaleza, mas as ligações não foram atendidas. 

O POVO também tentou contatar Francisco José Ferreira Noronha e chegou a deixar mensagem em sua caixa de recados, mas não houve retorno até o fechamento desta página.


Saiba mais

Desde 2012, Trairi é abalado por uma série de denúncias de corrupção. Em setembro, a operação Trairi Limpo decretou a prisão de 16 gestores públicos, acusados de desvios de verbas e fraudes em licitações que teriam causado prejuízo de até R$ 20 milhões, segundo cálculos do Ministério Público Estadual.

Naquele mês, o então prefeito Josimar Moura Aguiar (PRB), o “Mazim”, foi afastado, junto com o então vice-prefeito, o ex-presidente da Câmara Municipal e o ex-procurador-geral do Município, por suspeitas de irregularidade. A cidade chegou a ficar sem prefeito por alguns dias.

A eleição para a sucessão de Mazim também foi tumultuada. A operação Trairi Limpo III acarretou na prisão de 12 pessoas, acusadas de formação de quadrilha, corrupção eleitoral e transporte irregular de eleitores.

A crise atingiu até advogados. Em novembro de 2012, quatro desses profissionais foram presos, acusados de desviar indenizações de clientes.
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