quarta-feira, 13 de março de 2013

Palmeiras tenta barrar agressores da Mancha até em jogos fora do país


O Palmeiras montou uma operação para tentar impedir a entrada dos integrantes da Mancha Alviverde que agrediram jogadores no aeroporto em Buenos Aires, na semana passada, em todos os jogos do time, até fora do país.
O clube está identificando os envolvidos no episódio para prestar queixa por
lesão corporal à polícia de São Paulo e entregar um dossiê à FPF (Federação Paulista de Futebol) com os nomes e as imagens do incidente.
O objetivo é que a entidade proíba a entrada dos torcedores nos estádios paulistas. "Assim que chegar o material providenciamos a resolução para o impedimento da entrada desses torcedores", disse o coronel Marcos Marinho, chefe do departamento de segurança da FPF.
Ontem, o presidente palmeirense, Paulo Nobre, e o mandatário da federação, Marco Polo Del Nero, combinaram que a entidade vai enviar os nomes dos agressores à Polícia Federal como um alerta de que eles podem cometer crime fora do país.
O clube fará ao menos mais um jogo no exterior, contra o Sporting Cristal, no Peru, dia 18 de abril, pela última rodada da fase de grupos da Libertadores.
"Estamos dando sequência àquilo que foi falado [punição aos agressores], até que esses irresponsáveis sejam realmente enquadrados", disse o diretor-executivo do clube, José Carlos Brunoro nesta segunda-feira.
A ideia é de que o dossiê seja concluído esta semana e seja enviado também ao ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
AGRESSÃO
A agressão ocorreu na última quinta-feira, no embarque da delegação alviverde no Aeroparque, em Buenos Aires, após a derrota para o Tigre por 1 a 0 pela Libertadores.

Um grupo da Mancha tentou agredir Valdivia atirando xícaras na sala de embarque sob alegação de que o meia havia feito um gesto obsceno a um torcedor da facção que o xingara antes da partida.
Estilhaços atingiram o goleiro Fernando Prass, que sofreu um corte na orelha e levou três pontos na cabeça.
Após o caso, Paulo Nobre disse que não daria mais ingressos às torcidas organizadas até que os culpados sejam apresentados. A Mancha ainda avalia o que irá fazer.
Outras três facções palmeirenses pediram ao clube que a punição ficasse restrita à Mancha porque não participaram da agressão, mas o Palmeiras optou por manter a medida.
"Nós somos inocentes, mas fomos prejudicados nesta história. Acatamos a decisão da diretoria, mas não concordamos", disse o presidente da TUP (Torcida Uniformizada do Palmeiras), Marcelo Moura Lima.
"Nós não fazemos distinção. Organizada é organizada", justificou Brunoro.

FABIO LEITE
DE SÃO PAULO


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