Índios fizeram cinco pessoas reféns, no antigo Museu do Índio, no Maracanã, na Zona Norte, nesta sexta-feira (15). Entre os presos estavam a subsecretária estadual de direitos humanos do Rio, Andréa Sepúlveda, e outro representante da secretaria, o defensor público da União Daniel Macedo, dois oficiais da Justiça Federal e um procurador do estado. De acordo com o
índio Afonso Apurinã, um dos ocupantes do museu, os reféns foram liberados por volta das 18h30.
Apurinã informou que os índios foram intimados a deixar o Museu do Índio em 72 horas, a contar a partir de sábado (16). Segundo ele, os outros ocupantes do local ficaram enfurecidos e um deles impediu a saída do grupo pelo portão. Policias do 4º BPM (São Cristóvão) chegaram a ser acionados.
"Estamos há seis anos nesse espaço lutando para que ele seja reformado. Queremos ir para um lugar digno, com segurança. Exigimos que essa garantia esteja documentada em cartório", disse o cacique Carlos Tucano.
O defensor público da União disse que foi junto dos outros quatro reféns ao local para dar explicações sobre a decisão. Ele confirmou que foi feito refém pelos índios. "Vim à reunião no Museu do Índio e estamos como refém. É um grupo minoritário, mas existe um movimento 'punk' daqui de dentro com apoio do índio Aarão", disse ele pouco antes de ser liberado.
A Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos confirmou que a subsecretária Andréa Sepúlveda ficou presa e foi liberada pelos índios por volta das 18h30.
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